SÃO JOÃO PAULO II

COMEMOROU-SE HOJE O CENTENÁRIO DAS APARIÇÕES DE FÁTIMA.

Enquanto assistia pela televisão às cerimónias presididas pelo Papa Francisco, achei que seria uma boa altura para partilhar convosco algumas das imagens que fiz há 35 anos, em Lisboa no Parque Eduardo VII, durante a Missa da Juventude celebrada pelo então Papa João Paulo II.

 

 

 

 

Para os interessados em dados técnicos, direi que o corpo reflex usado foi uma Nikon FE com uma teleobjectiva Nikkor 180mm f/2.8 e o filme um Kodak Ektachrome 64 diapositivo.

 

 

 

 

Trinta e cinco anos.

O que mudou para além do Papa, duas vezes, da cor do meu cabelo e do tamanho da minha barriga?

Hoje estas fotografias seriam impossíveis de obter nos mesmos moldes porque à minha frente estariam centenas de braços brandindo telemóveis que decerto me contaminariam a perspectiva. E se alguém houvesse que não estivesse a filmar com o telemóvel era porque estava a fotografar com máquinas verdadeiras...

Em contraponto, num momento para mim tão importante como aquele, em vez de ter gasto com muita parcimónia um único “rolinho de slides” de 36 exposições, se fosse agora teria gravado centenas, se não milhares, de ficheiros através de tonitruantes sequências de vários disparos por segundo.

 

 

Nessa altura não havia telemóveis, nem internet, nem redes sociais, nem páginas pessoais ou blogues como este.

Nem vídeo-árbitro.

No entanto, há duas coisas que, malgrado a passagem inexorável do tempo, não se alteraram:

Ao contrário das máquinas, as objectivas de qualidade, como a utilizada nestas imagens, continuam a permitir óptimos resultados quando a focagem automática não é determinante.

A outra... é a Fé.

 

 

Graças a Deus!